sábado, 21 de agosto de 2010

Recombinação

Desde os tempos mais remotos de que se tem notícia da produção de conhecimento pelos seres humanos, se aplica a lei de Lavoisier, onde "nada se cria, nada se perde; tudo se transforma". Essa lei é sobre o estudo de reações químicas, mas também se aplica à transformação do conhecimento, pois todo conhecimento gerado teve como base algum conhecimento já existente, por mais básico que seja, como a percepção de elementos do mundo.

Com a evolução, vieram as tecnologias eletrônicas digitais e, com elas, surgiram milhares de aplicações que permitiram a utilização desse meio para propagação do conhecimento humano. Atualmente o meio mais rápido e barato é a publicação de informações na internet. Nesse meio, o reuso de informações é supervalorizado, o que levou ao fenômeno da recombinação. Com os modernos editores de textos, imagens e vídeos, é possível fazer cópias de grandes volumes de informações em instantes.

Essa agilidade no reuso de informações tem seu lado positivo, pois agilizou muito o processo de criação de novos conhecimentos a partir de elementos já existentes. Nesse caso, vale o conceito de sinergia, como sendo a cooperação de vários subsistemas para a realização de um trabalho mais complexo, onde a partir da soma das partes emerge um novo conceito que antes não podia ser percebido.

Por outro lado, há um aspecto bastante negativo, pois essa facilidade em recombinar elementos favoreceu o surgimento de um imenso volume de trabalhos copiados integralmente ou formado somente por trechos copiados e que não criam absolutamente nada novo. Com base nisso e na lei de Lavoisier, surgiu o jocoso dito "nada se cria, nada se perde; tudo se copia".

Com base nisso, fica a pergunta: Até que ponto é construtiva a recombinação de material existente na criação de novas publicações?

Autor: Raphael Ernani

2 comentários:

  1. A recombinação de algo construtivo é construtiva, da mesma forma que a recombinação de lixo é lixo. Um trabalho criado com uma energia inspiradora transmite empolgação e desperta a consciência daquele que o assiste. Isto felizmente acontece com toda e qualquer forma de expressão. Desde textos, apresentações, pinturas, músicas, até a forma de se vestir no dia-a-dia. É uma empolgação oculta, mas que se transmite e por ela desencadeia a vida. O lixo, por outro lado, é monótono. É a aula que não passa.

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  2. A recombinação de conhecimento é construtiva quando é possível obter diferentes pontos de vistas e informações, afim de se ampliar o conhecimento de um determinado assunto. Combinando conhecimentos existentes com o próprio conhecimento, o indivíduo pode produzir algo bastante construtivo. Porém, é necessário saber o que é realmente construtivo e o que é apenas lixo, como disse o André.

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